sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

Um amor maior

Lembro-me claramente como se fosse hoje sobre  um dia. Eu estava em casa sem ter nada pra fazer, tentei me distrair assistindo TV, mas não me fez feliz, foi então que tentei escrever, sentei no computador e fiquei ali, nada saiu, depois tentei outra forma, me assentem diante de uma mesa com papel e caneta para ver se conseguia assim manualmente escrever algo, mais uma vez em vão pois a minha mente não conseguia produzir texto algum.
                Foi então que me bateu uma forte vontade de ir até a cidade vizinha, não entendo muito bem no começo, mas sentia que tinha algo muito importante para aprender aquele dia. Peguei minha bicicleta e pedalei cerca de 10 a 15 km, quando cheguei neste cidade, ou seja Balneário Camboriú, sentei-me em um praça e fiquei alia observando as pessoas que passavam com seu lindos carrões, com suas famílias, cachorro, observei também as pessoas mais simples.
                fiquei ali observando as arvores, os ventos, as pessoas que lanchavam nas pizzarias, fiquei imaginando como cada pessoa tem seu jeito individual e egoísta de ser. Quando notei um andarilho que estava abaixo de uma arvore tentando dormir. Senti que precisava falar com ele. Levantei-me do banco, fui caminhando em direção a ele, e lhe entreguei um panfleto evangelístico que estava no meu bolso. Ele pegou o mesmo, olhou nos meus olhos e me agradeceu, mas não foi um simples obrigado, foi algo mais forte que isso, e eu não sei explicar.
               Caminhei até o banco da praça novamente, sentei-me e continuei observando as coisas, quando de repente aquele  andarilho se levantou, caminhou em minha direção, e perguntou se eu tinha uma bíblia, eu não a tinha, mas tinha um novo testamento que entreguei na mão dele, ele abriu em  I Corintios 13 e mandou eu ler.
                Eu sei, eu sei, esta é uma passagem muito conhecida da bíblia, eu já devia ter a lido umas 50 vezes antes desse ocorrido, mas quando eu comecei a ler na frente daquele homem, algo sobrenatural tomou conta de mim, eu comecei a chorar, pois percebi que eu não sabia mesmo o que era amor. Depois que acabei de ler ele retornou para o seu lugar, eu peguei minha bicicleta e voltei pra casa ainda chorando e pensando no que tinha acontecido.
                Enquanto pedalava para minha casa, uma nuvem de pensamentos tomaram conta da minha mente, comecei a pensar em mim mesmo, e no mundo de um modo geral.
                O ser humano se julga sábio quando na verdade não sabe nada, e o que é pior, não sabe que não sabe. Seres humanos intelectuais equivocadamente chamados de homem, viciados na bebida, chagam embriagados em casa, batem nas esposas e nos filhos, destroem seu próprio corpo com o vício do álcool, essas pessoas não sabem o que é amor, perderam o amor a si mesmos e sua família, pois a paixão por um momento de paixão profunda no álcool, não deixa ver e perceber o valor da vida e da família.
                Seres intelectuais, viciados em violência, batem cruel e covardemente em outras pessoas por motivos fúteis ou até sem motivos, são seres ególatras, não sabem o que é amor, são apaixonados e viciados pelo sangue alheio, cavardes e coléricos como os cães.
                Há ainda seres humanos que chegam ao ponto de tentar, sem falar nos que cometem suicídio, são pessoas que perderam o amor pela própria vida, não podem ver que Deus é mais forte que todos os problemas, se entregaram as suas dificuldades de tal forma que não enxergam o poder do amor de Deus na vida de uma pessoa.
                O amor de Deus em nossas vidas é supremo, é grande e infinito.
                Pense só por um momento comigo por favor, imagine que num mundo dominado pelo pecado Jesus, o filho de Deus decide vir a terra pra trazer salvação. E então larga seu trono de gloria e vem a terra na forma de um homem. Aqui ele nasce como qualquer pessoa, cresce se torna menino, brinca, corre, cai, levanta-se. Torna-se adolescente, torna-se moço, começa em pouco tempo e pregar o evangelho, cura, liberta, e mostra a verdade a todos, é negado, é traído é tentado e perseguido.
                Depois é preso, leva chicotadas, é humilhado e cuspido, é crucificado e morre. Ele era filho de Deus e poderia dar ordens aos anjos a qualquer momento, que acabariam com todo o seu sofrimento mas ele suportou tudo por amar a mim e a você.
                Morreu como ovelha muda pelos nossos pecados. Mas ele já ressuscitou, voltou para a terra, depois subiu ao céu. Mas não nos abandonou, pois Deus está conosco através do Espírito Santo. Está conosco a todos momentos, está com você agora, estava comigo quando escrevi este texto.
                não importa o tamanho da sua luta, não importa quanto de pecado que você tem, nada e ninguém será maior do que o nosso Deus, e o amor que ele sente por você.

Autor: Maicon Jeferson da Silva

segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

O Relato de Uma Alma.


Hoje você olha para meu espaço e você nem sabe quem sou, ou talvez saiba.
Mas quero que saiba que eu sou aquele que um dia dormiu em sua calçada e você me mandou "sair dali", pois, não queria um sujo desconhecido no seu portão.
Sou eu aquele que te pediu um pedaço de pão e você negou.
Sou eu aquele que tremia de frio quando você olhava pela janela do seu carro no conforto de um ar-condicionado.
Sou eu mesmo, aquela criança, que você nunca deixou seu filho brincar com ela, pois não queria seu filho ao lado de pessoas sem futuro.
Eu sou o mesmo que você atravessava a rua com preconceito pois não queria passar perto de uma pessoa simples.
mas quero que saiba, que fui eu que te desejei boa sorte, quando vi uma lágrima rolar no seu rosto.
Fui eu mesmo que liguei para a emergência quando vi que sua casa corria risco de um incêndio.
E também fui eu, que segurou a mão do seu filho quando ele ia atravessar a rua em frente a um carro.
Para mim a vida foi bem dura, com o mudo aprendi a viver e ver as coisas por vários ângulos.
Vi o pobre apanhar da polícia por roubar um pão, senti na pela o tremor de frio sem a proteção de um cobertor, vi no olhar de uma criança o sentimento fome.
Na rua não se tem muito com quem conversar, por isso conversei com as plantas, pois eram minhas amigas.
Fiz dos garis que limpavam as calçadas o exemplo de um trabalhador.
Fiz do banco na praça o meu camarote.
Nas velhinhas que davam milhos aos pombos e nos velhinhos que jogavam xadrez fiz vi o meu teatro.
Fiz do sino da igreja o meu aparelho sonográfico, e fiz de uma garrafa de vinho o meu sedativo.
E quando dormia, viajava em sonhos para lugares distantes onde somente a mente pode chegar.
Lá eu criava um novo mundo, um mundo de paz, onde as pessoas eram realmente humanas.
O Sol era mais ameno, a lua brilhava mais intensa, e no dicionário desse meu mundo não existiam palavras como fome, violência, maldade...
Hoje você olha para minha foto, ao lado de flores, e fica se lamentando, dizendo que eu fui um cara legal, restando a você apenas colocar suas flores sobre a minha fria lápide, cobrindo o mármore negro com lágrimas que nunca chegarão aqui em baixo.
Aqui em baixo, as coisas não mudam muito, a mesma terra que me cobre e me refresca do sol, me aquece quando faz frio.
Não sei se fui mesmo um cara legal, a única coisa que sei é que sempre procurei fazer o que é "justo". Talvez um pudesse voltar e tentar concertar o que há de errado, e tentar entender as pessoas, que é a parte mais difícil, mas não adiantaria muita coisa, pois sei de muitos sábios que tentaram e não adiantou muita coisa.
Se você quiser me dizer qualquer coisa, procure-me entre as estrelas do céu, talvez você me veja cavalgando sobre a constelação de leão, ou alimentando os peixes de aquário. Enquanto você fica ai, eu vou ficar aqui bem calado, até o dia em que o eterno vier me buscar, pois eu seu que lá em cima realmente existe alguém legal.
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